11 de dez. de 2008

uma licença nada poética: ensaio sobre o Lixo....

"O que se varre e, em geral, tudo o que não presta;(...)XIII. De origem obscura." diz o Etimológico de Antônio Geraldo Cunha.

No Popular: Coisa ruim, que não serve pra nada, que cheira mal. Merda.
Lixo!!

Se por estas definições o lixo não tem valor algum, por outro prisma, é o título de uma agradável cronica em forma de diálogos, escrita por Luiz Fernando Veríssimo, onde duas pessoas que não se conhecem, sabem intimidades da vida um do outro, apenas pela análise diária de seus próprios... lixos.

Trocando a palavra por seu significado, então, podemos dizer que: "tudo o que não presta e cheira mal, diz muito mais de nós, do que possamos supor!!

Além desta questão existencialista, existe uma ainda pior: a existência podre do lixo é tão infinitamente maior, em tamanho e quantidade, que já providencia a não existência humana.

Antes do efeito estufa, do super aquecimento e da falta de água e oxigênio está: O LIXO! Que ignorado por todos nós, reina soberano em sua mal-cheirosa insignificância, envenenando atmosfera e solo de metano e chorume, respectivamente!!!!

Ah, mas a campanha de reciclagem e aproveitamento da lixarada é muito menor que qualquer campanha política ou publicitária... afinal lixo, é o que se varre, não é?

Quantas cidades elegem candidatos que se preocupam em aproveitar o gás metano para gerar energia elétrica? Quantas empresas estão envolvidas com algum projeto de sustentabilidade?? Quantas pessoas se preocupam em produzir menos lixo?

As respostas são um lixo!

Há que se ter maiores preocupações!!! Morreremos... asfixiados por enchentes causadas por aterros sanitários e falta de educação, mais que pela violência que assola o país.

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