10 de jun. de 2009

o nada.

sou nada. e quando me imagino, penso ser alguma coisa.
se me tirassem a faculdade de imaginar, morreria. E o nada que é tão maior que qualquer coisa, não seria suportável onde se sobrevive do que é menor.

alguma coisa é facilmente encaixado em qualquer mediocridade desse mundo rotulante... pois "alguma" pode ser "qualquer".

O nada, não! O nada é! O nada é o silêncio, é o espaço, é ausência... mas, é. é, e não é!

não é lixo,
não é excesso,
não é desperdício.

é simplesmente o nada. assim.. pronto pra que se faça escolhas:
pode se ser alguma coisa, qualquer coisa, tudo ou voltar pro nada.

O curioso é qualquer uma destas alternativas pode dar em: nada.
mas, o que vale é a experiência. Quando se entende o valor do nada, qualquer coisa vira tudo. E desse tudo, imagino ser alguma coisa. Pois se não o fizesse morreria antes de viver, pois descobriria que não sou nada antes de descobrir que o nada é tudo.

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